Assim que
cheguei do serviço minha mãe anunciou que tínhamos novos vizinhos e gostaria
imensamente que eu fosse até a casa do nosso vizinho desejar boas vindas, pois se
tratava de uma família que tinha vindo do Paraná e eram pessoas muitos simples
e humildes.
Inicialmente achei um pouco estranho o
comentário de mamãe, mas tratando-se de mãe e acreditando que mãe jamais erra
lá fui eu bater palmas na casa dos novos vizinhos e conhecê-los e averiguar os
bons comentários de mamãe.
Os novos vizinhos moravam numa casa no
fundo do quintal de um Português e logo apareceu um rapaz chamado Natal e
perguntou-me:
- Olá tudo
bem, o que deseja? E eu meio envergonhado disse:
- Olha, meu
nome é Luiz Carlos, filho da dona Thereza e vim aqui para conhecê-los!
Imediatamente
o novo amigo pediu gentilmente para eu entrar e não reparar na bagunça, pois
ainda estavam arrumando os poucos móveis e lá fui eu apresentando-me para todos
e desejando boas vindas. Senhor Sebastião, Dona Carmem e os filhos: Antelmo,
Zelão, Natal e João foram apresentados e eu comecei a perguntar de onde vieram
o que desejavam na cidade grande e se aceitavam minha amizade.
Sentei-me num banco de madeira e fiquei
admirando a simplicidade de todos enquanto dona Carmem preparava um café para
celebrarmos aquele encontro e entre vários sorrisos e eu sempre falando dos
meus sonhos, das minhas namoradinhas, do meu trabalho e assim ficamos amigos e
constantemente fazia algumas visitas e com o passar dos anos nossos laços de
amizade foram fortalecendo até o momento que anunciaram que iriam mudar para
uma chácara de um espanhol e deixaram o endereço e disseram que ficariam muito
felizes com minha visita à chácara.
Quase todos os finais de semana eu ia para
a chácara, pois além de cuidar da chácara ainda cuidavam da criação de vários
coelhos que eram criados para serem vendidos para restaurantes de luxo.
A alegria era imensa quando eu aos sábados
de manhã aparecia para passar o final de semana com os meus amigos e eu sempre
prontificava a ajudar nos afazeres da chácara.
No fundo da chácara existia uma enorme
mesa de cimento com vários bancos ao redor e ali passávamos várias horas
jogando xadrez e às vezes assando algum coelho que eram degustados com vários
refrigerantes e pedaços de pão.
Foram incontáveis finais de semana que
passei na companhia desta querida família e a felicidade e alegria sempre
estavam presentes ao lado de pessoas tão amáveis. Foi um pedaço da minha
juventude que jamais irei esquecer quando ia para a chácara sonhar e ser feliz
muito feliz.
2 comentários:
vc só esqueceu de dizer que um desses amigos se tornou seu cunhado.O Antelmo,né??
Puxa vida! que saudades que bateu da vo Carmem, do natal, que nesta data sempre estava entre nós enfim!...ufa!
Época boa... ainda bem que teve um deles final feliz rsrsrsum deles casou se com m/ irmã e nos deu lindos sobrinhos.
Dá pra contar uma lembrança com o natal??? vai ser hilario, afinal vcs so aprontavam rsrsr. bjs te amo.
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