2 de dez. de 2012

FELIZ ANIVERSÁRIO IRMÃ SUELY!



       
              Apenas um texto é insuficiente para descrever todo o meu carinho e admiração que nutro por esta maravilhosa irmã chamada: Suely Regina da Silva.
         Nas nossas correspondências em “Inglês”, havia todo o cuidado em medir cada palavra e todo o esmero com as traduções e palavras de carinho eram postadas periodicamente e quando eu recebia uma carta da querida irmã Suely eu ficava muito feliz, foram várias cartas recebidas e remetidas no idioma Inglês o que resultou em uma troca de selos de primeira qualidade.
         Existiu uma época em que eu era um boêmio e adorava frequentar todos os barzinhos do centro de São Paulo e sempre contava a ela os personagens que apareciam nos barzinhos, até que chegou um final de semana e ela pediu se podia acompanhar-me e eu disse:
- Claro mana, será um enorme prazer ter sua companhia no barzinho que tanto adoro e frequento!
         Chegamos um pouco cedo ao barzinho, lá pelas nove horas da noite e era muito legal vê-la muito feliz ao lado do seu marido Nelson e com um a enorme barriga, pois ela estava grávida e lá estava eu a colocar algumas fichas numa enorme máquina que tocava lindas música de Lupicínio, Chico Buarque, Caetano Veloso, Elis Regina e outros ícones da nossa MPB.
         Entre vários chopinhos e porções de provolone à milanesa apareceu um “caboclo” com um sax e começou a tocar várias músicas e eu pedi para ele tocar Sampa de Caetano Veloso e lá ficamos a viajar no maravilhoso som do artista de rua. Estendeu seu chapéu, arrecadou alguns trocados, arquivou seu sax e foi tocar em outro barzinho do centro velho de Sampa.
         Em outra ocasião ela pediu para eu ensiná-la equação do segundo grau e resolvi ensiná-la da maneira tradicional e resolver através de matriz e quando ela resolveu uma prova através de matriz a professora ficou estupefata e perguntou a ela quem tinha ensinado a resolver equação do segundo grau através de matriz e ela orgulhosamente disse: Foi meu irmão que está fazendo Engenharia em São José dos Campos e orgulhosamente ganhou a nota máxima.
         E quando apareci numa pensão na Vila Maria Baixa, vindo do interior, sem lenço e sem documento, repentinamente minha irmã apareceu com vários lençóis, travesseiros, Edredons, depositou no velho sofá da pensão e disse:
- Isto foi enviado para você por uma pessoa que te ama muito irmão: A irmã Suely que sou eu deu um carinhoso abraço na minha pessoa e saiu um pouco triste com minha situação de pensionista e “andarilho”.
         Caminhei lentamente com todo o presente ganhado depositei na beliche e saí para repensar nas pessoas que realmente gostam da gente.
         Na época em que um primo faleceu no interior fomos ao velório e a querida irmã Suely rezava muito e tinha tornado-se uma “beata”, pois cria nas orações e assim que chegamos ao velório começou a rezar um terço e nunca parava, creio que ficou rezando umas duas horas até que chegou num determinado momento eu disse:
- Mana, pelo amor de Deus para de rezar, senão o morto vai levantar do caixão e pedir humildemente que cesse as orações, pois o mesmo já não aguenta mais! E eu já sei de cor todas as orações e quer saber de uma coisa: Quando eu falecer, jamais quero que você vá ao meu velório! Alguns sorrisos e ela pediu gentilmente para eu calar que ainda faltava rezar mais algumas orações.
         Foram tantas as passagens e ainda até hoje me lembro nas maravilhosas festas de fim de ano em que a gente se reunia na casa do nosso querido pai José da Silva e nossa querida mãe Thereza Miranda da Silva para comemorar a chegada do Ano Novo e trocar presentes do Amigo Secreto e os sorrisos e a Felicidade existia.
         Memoráveis e inesquecíveis guloseimas, dentre todos recordo do tradicional cuz-cuz que nossa mãe preparava com muito carinho e entre as fitas cassete que gravávamos nossa alegria e aparecia minha irmã Suely e entregava-me algum presente singelo, como uma caneta, uma agenda e dizia: Isto é pra você irmão, com todo carinho e saia com os olhos lacrimejados e ia sentar-se na enorme mesa a espera do tradicional jogo de baralho que durava a noite toda e eu perdia todo meu dinheiro.
         De emoção em emoção fomos vivendo, vivendo e hoje estamos um pouco distantes apenas pela distância, pois adoro você minha querida irmã: Feliz Aniversário e que Deus sempre continue iluminando seu caminho e você possa nos proteger com todo a sua devoção e carisma. Parabéns querida irmã, nós te amamos!