10 de jun. de 2012

FÉRIAS NA PRAIA


         Em 2.006 eu trabalhava numa indústria de remédios e todos os dias e finais de semana o trabalho era árduo, pois não havia trégua para curar tantos doentes deste nosso querido Brasil. E lá estávamos nós todos os dias trabalhando nesta indústria e guardando alguns trocados para poder viajar nas férias.
         Após longos e sacrificantes dias embalando milhares de remédios eis que finalmente chegou o dia das minhas férias e fiquei pensando em ir para Ubatuba, numa praia paradisíaca chamada praia do Bonete, mas não estava disposto a ir sozinho e liguei para uma colega chamada Marlene e a convidei para irmos para a praia e ela imediatamente aceitou o nobre convite.
         No dia em que fomos viajar foi muito engraçado, pois minha colega aprontou uma enorme mala de viagem e colocou quase tudo dentro desta mala, inclusive alguns mantimentos. Tentei convencê-la a deixar a mala, mas não fui feliz e assim seguimos viagem e fomos para uma pousada em Caraguatatuba pertencente ao Sindicato dos Químicos.
         Conosco foi também um colega da fábrica e seu filho e ficamos todos hospedados num apartamento simples, mas com todo conforto para nós mortais e ávidos em desfrutar de momentos maravilhosos.
         O local era de difícil acesso, e como fomos de ônibus sofremos um pouco para chegar e assim que chegamos naquela noite resolvi fazer um delicioso churrasco.
         A alegria, as conversas e o cheiro delicioso das carnes misturavam com nossa felicidade e naquele dia fomos dormir bem tarde, mas muito felizes.
         No outro dia fomos à praia e assim que avistei a praia resolvi não entrar no mar, pois as ondas estavam altas e eu preservando meu espírito de sobrevivência fiquei num quiosque bebericando algumas caipirinhas e comendo algumas porções de camarão ao lado da minha querida colega Marlene.
         Passados alguns dias resolvemos ir até a praia do Bonete que eu conhecia muito bem e passei a descrever todo o encanto que era aquela praia e minha colega aceitou acompanhar-me.
         Descemos o morro e ficamos eternos minutos esperando o ônibus que nos levaria até a rodoviária de Caragua e de lá teríamos que pegar outro ônibus para Ubatuba e assim seguimos nosso caminho entre gargalhadas e pelo trajeto tão distante em prol de algum momento de prazer e alegria.
         No meio do caminho resolvemos visitar uma tia que morava em Ubatuba e por lá ficamos até outro dia e no dia seguinte retornamos e paramos na Praia da Lagoinha e sugeri a minha colega irmos a pé por uma trilha até a praia do Bonete.
         Pegamos a trilha e seguimos admirando o que existe de mais belo, pois o caminho é maravilhoso, repleto de árvores da mata atlântica beirando o mar, saguis, borboletas e vários pássaros e o Sol estava presente acompanhando nosso trajeto.
         Após pararmos em vários quiosques improvisados na beira da trilha que eu delicadamente chamava de "Pit-stop" para comermos algum peixe e bebermos algumas cervejas conseguimos chegar à Praia do Bonete lá pela uma hora da tarde.
         Caminhamos até o pequeno vilarejo existente na praia e fomos até o singelo restaurante almoçar e conversar com a simpática dona deste restaurante. Almoçamos e fomos até a praia “jogarmos” um pouco de conversa fora e admirarmos o por do Sol que naquele dia parecia que nunca iria se por. Quando percebemos o dia já estava terminando e era hora de votarmos e foi neste instante que convidei minha colega para dormirmos numa pousada existente na praia e ela questionou quanto era e lá fomos nós comermos mais uma porção de camarão num outro quiosque que ficava suspenso e só existia a gente como freguês e enquanto o proprietário servia a gente perguntei se não poderia conseguir um local para dormirmos, pois já se fazia noite e não gostaríamos de voltar pela escura trilha.
O proprietário do restaurante suspenso pediu que aguardássemos que ele iria providenciar um belo local para passarmos aquela noite e logo apareceu ele dizendo que poderíamos ficar na vila e acertamos o preço e seguimos para o local.
         Quando chegamos ao local, que ficava no centro da pequena Vila ficamos maravilhados com a casa: A mesma era de madeira e ficava no primeiro andar, possuía dois quartos, fogão à lenha, uma varanda maravilhosa que permitia que avistássemos toda a vila.
         A pequena pousada foi apresentada e resolvi descer para comprar algumas cervejas e um peixe para fritarmos no quiosque existente na pequena vila, voltei com as bebidas e um enorme peixe para limparmos e fritarmos e foi quando minha colega disse:
- Desculpe-me colega, pois não estou disposta a limpar peixe algum!
Solicite para a dona do quiosque preparar o peixe que amanhã a gente come!
         Levei o peixe até a proprietária do quiosque, retornei e ficamos conversando na varanda até madrugada sob uma linda lua cheia, vários grilos, sapos, o barulho das ondas do mar e uma pequena cachoeira que nos enchia de alegria naquele momento.
         Naquele dia, minha colega foi dormir e eu não conseguia dormir diante de tanta beleza e passei a noite em claro, escutando o barulho do mar, da cachoeira e a sinfonia dos galos ao amanhecer.
         Quando o dia começou a raiar, descemos até o quiosque, tomamos um delicioso café com vários pedaços de bolo e fomos à praia sob um lindo Sol, retornamos, almoçamos e seguimos de barco até a praia da Lagoinha para retornarmos para São Paulo.
         Um lindo passeio! Jamais esquecido! Ótimas Férias!