Existiu uma época em que morei num bairro chamado Seródio, em Guarulhos-Sp. Morava em pensões no centro de Guarulhos e sempre perguntava para minha querida tia Terezinha que quando ela soubesse de algum lugar “legal” para morar avisasse-me e passados alguns meses minha tia anunciou que tinha uma colega chamada Ester que possuía um cômodo muito simples que ela estava alugando e no mesmo quintal existiam três casas: Uma em que a Ester morava e outras duas estavam para alugar e assim fechamos o contrato: Iria morar meu primo Zezinho e família numa casa de dois cômodos e eu alugaria o outro cômodo e assim combinei com meu primo que quando ele fosse fazer a sua mudança colocaria meu colchão, alguns livros e lá estava eu mudado.
O grande problema é que a mudança aconteceu num sábado e infelizmente eu estava trabalhando e não acompanhei a mudança.
Saí da fábrica, eu e alguns colegas fomos beber várias cervejas e em seguida tomei uma lotação para o meu novo lar, só que existia um pequeno probleminha: Só sabia a nome da rua e que a mesma ficava próxima a um Circo escola, porém não sabia o número da casa.
Logo que cheguei próximo ao circo escola o motorista anunciou que eu deveria descer naquele ponto, desci e caminhei até a rua e entrei num bar e comecei a perguntar a todos os frequentadores onde morava uma tal de Ester. Felizmente eu estava no bar do Zé que anunciou que a mesma morava em frente ao bar.
Caminhei lentamente até o portão, bati palmas e logo avistei minhas queridas sobrinhas Camila e Carol dando-me boas vindas.
Entrei e fomos comer uma pizza para comemorar o novo lar ao som do especial Roberto Carlos no final do ano.
O tempo passou e quase todos os finais de semana a gente fazia um churrasco no imenso quintal da casa da Ester e era muito divertido quando em alguns finais de semana eu não queria fazer churrasco a minha sobrinha Camila dizia que poderia ajudar-me, pois seu pai, o Zezinho, tinha um cartão de crédito que ajudaria muito na compra das carnes, carvão e assim seguíamos para o açougue e comprávamos tudo, porém na hora de passar o cartão do seu pai o mesmo não tinha crédito e eu não devolvia as carnes de jeito nenhum, pagava com o meu cartão e assim seguíamos feliz para o nosso churrasco de finais de semana e minha sobrinha sempre dizia: Desculpa aí tio...eu não sabia que o cartão estava zerado! Os sorrisos e a Felicidade misturavam-se com o momento mágico dos churrascos muito improvisados de muita alegria e muitas histórias ao som de algumas boas músicas brasileiras. Saudades desta época! rsrsrs