23 de mar. de 2012

NÃO LEVE A VIDA TÃO A SÉRIO


            Há uma receita infalível para nossa longevidade e esta receita é sorrir mais do que estamos acostumados, mas bem mais. É muito engraçado quando nós sorrimos dos nossos defeitos, das situações embaraçadas que o cotidiano nos oferece como presente por estar por aqui, vivendo, vivendo e muitas vezes esquecendo-se de ser feliz.
            Nesta semana que passou fiz um teste e deixei-me levar pelo conselho de um querido primo que disse que nossa longevidade está diretamente ligada ao nosso viver bem, deixar a vida fluir com mais naturalidade, abandonando a pressa que é nosso algoz e às vezes leva-nos a situações desagradabilíssimas.
           Os detalhes são muito importantes, quantas vezes deixamos passar um momento único em nossa vida porque estamos com pressa e não podemos perder um segundo da nossa existência, mas não lembramos que aquele momento possa ser o último neste planeta.
           Folhear aquele velho álbum de fotografia da família que faz anos que você não vê, ver como mudamos e sentir a revolução que a internet causou em nossas vidas. Afinal quem vai querer saber de um álbum de fotografia nos dias atuais se temos um álbum digital na internet, temos o “Fliker” e tantos outros recursos a nossa disposição.
          Comprar um bom jornal no domingo de manhã e sentar-se confortavelmente numa mesa e ir folheando página por página, ler o editorial, fatos políticos, regionais, a página de esporte, lazer e ficar procurando por grandes cronistas que outrora escreviam textos maravilhosos e hoje já não encontramos mais.
         Colocar uma confortável cadeira no quintal ou na varanda e ficar contando estrelas com a netinha numa noite estrelada e relembrando várias histórias que nossos antepassados nos contava faz nossa alma inflar de tanta felicidade e acrescenta milhares de pontos no nosso ranking da longevidade.
        Olhar nossos colegas de trabalho e reparar como eles são engraçados, cada um de um jeito diferente, com suas idiossincrasias, defeitos, virtudes, caras feias, caras alegres, apressados, lentos e rir disfarçadamente de situações que não estávamos acostumados a reparar até então é muito divertido!
        Poder encarar o espelho e ver aquela ruga que na semana passada não existia e não ficar desesperado, entrar em depressão, que nada, o melhor é dar uma boa gargalhada e dizer pra nós mesmos: É estou ficando velho, isto é muito bom! 
         Sair bem cedinho de bicicleta com aquele vento maravilhoso de Outono batendo no nosso rosto e pedalar sem destino e pararmos na margem de um maravilhoso rio que silenciosamente convida-nos a uma grande reflexão da seriedade desta vida.
         Sentar-se num banco de um parque, abrir aquele livro que faz tempo que está com o marcador na página vinte e nove e recomeçar a leitura silenciosamente sob o encantador e mavioso canto de pássaros e lê-lo até o fim.
         Encontrar velhos amigos e sentar-se num bar distante da grande metrópole e reviver uma época maravilhosa entre um copo e outro de cerveja faz parte do requinte do não levar a vida tão a sério.
         Ir à igreja que faz tempo que abandonamos e poder orar e agradecer tudo de bom que está acontecendo e pedir proteção para continuarmos  trilhando nosso caminho até a hora do juízo final. A fé é muito importante e uma verdadeira aliada da querida longevidade.

         Como é bom assistir a vida sobre outro ângulo de visão e prestar atenção nas pessoas que estão ao nosso redor, pois muitas vezes é apenas uma questão de pequena sincronia para sermos mais feliz, bem mais feliz do que estamos acostumados.
         Resumindo é muito importante sorrir para a vida e sorrir da vida e aproveitarmos o máximo nossa existência que Deus nos proporcionou, pois se deixarmos pra depois pode ser um pouco tarde e quando percebermos seremos acordados com um torrão de terra sobre o nosso caixão, aí amigo (a) será tarde, muito tarde e ficaremos com cara de perplexidade dizendo: “Caramba como passou rápido e eu nem sorri!” Cabe a nós calar e torcer para que exista uma outra vida para podermos dar o devido valor nesta vida e a ter levado tão a sério. Será que valeu a pena? Portanto, façamos nossa parte: Não vamos levar a vida tão a sério! Sorria!