Era uma das últimas casas a ser pesquisada, bati palmas e fiquei olhando para o pequeno vira-lata que latia e ficava olhando para trás e este era um sinal que na residência existia morador e ali permaneci por uns cinco minutos até que apareceu um senhor com aparência de “louco” e perguntou-me o que eu queria e então disse a ele que precisava que ele respondesse algumas perguntas para mim, pois trabalhava num órgão de pesquisa e ele pediu para eu entrar na garagem e sentar num pedaço de madeira que iria responder minhas perguntas.
Um tanto desconfiado eu disse a ele que não haveria a necessidade de entrar, pois a entrevista seria rápida, mas o morador insistiu e lá fui eu sentar no pedaço de madeira para ver minha pesquisa concluída.
Sentamos confortavelmente na madeira e comecei a fazer as primeiras perguntas e inesperadamente o morador levantou-se e saiu correndo para fora do portão e trancou o mesmo pelo lado de fora, deixando-me preso na garagem e disse que iria à casa de uma tia e que voltaria em breve.
Fiquei um pouco assustado, olhei para os muros e eram muito altos, não dava para pular, a garagem era totalmente fechada, passei as mãos na testa e o suor começava a surgir e então tomei a decisão de aguardar o morador retornar, abri minha mala, saquei um livro que estava lendo, abri na página em que estava o marcador e comecei a ler enquanto aguardava o retorno do louco.
Passados uns vinte minutos o morador louco apareceu e perguntou-me sorrindo se ele tinha demorado muito e eu balancei os ombros e disse: Imagina, foi rápido, não consegui nem ler dez páginas do meu livro e assim fiz a entrevista do lado de fora do portão e com um medo danado do louco me prender novamente. E a partir daquele dia nunca mais entrei em nenhuma casa. Você tá louco!