Uma enorme bandeira do Palmeiras estava hasteada em frente ao bar do Jacaré, grossas fumaças subiam de uma enorme churrasqueira que fora colocada na calçada e os sorrisos de felicidade dos frequentadores misturados com boas doses de cervejas podiam ser ouvidos em todas as esquinas do bairro da Vila Maria Alta, em São Paulo.
O clima era de final de campeonato onde o Palmeiras iria enfrentar outro time que não me recordo o nome e confesso que senti uma enorme vontade de participar daquela festança toda, mas como meu time não era o Palmeiras optei em ficar sentadinho na calçada na frente da casa da minha irmã Sônia apreciando de longe toda a algazarra dos Palmeirenses.
Passados alguns minutos apareceu meu sobrinho Evandro no portão e fez o convite que eu estava esperando:
- O tio, que tal a gente beber algumas cervejas no bar do Jacaré e ver esta festa de perto e ainda se dermos sorte poderemos até comer um pedacinho de carne?
Rapidamente levantei-me e seguimos até o bar, pedimos licença e sentamos num banco alto de madeira e pedimos uma cerveja e com um olhar na televisão e outro no abridor fomos servidos sem muita cerimônia pelo Jacaré.
O jogo estava começando e todos os Palmeirenses acotovelavam-se para ver a escalação do time e nós lá sentadinhos alheios a tudo e a todos. Os gritos de incentivo ao time podiam ser ouvidos a dezenas de quilômetros e subitamente meu sobrinho levantou-se e pediu para eu ficar esperando ele no bar que ele iria até em casa buscar dinheiro e voltaria rapidamente.
Passados alguns minutos lá estava meu sobrinho Evandro de volta e vinha carregando na face um sorriso “maroto”, sentou-se e perguntou quanto estava o jogo e eu disse que o jogo acabara de começar e estava zero a zero e neste exato momento derrubaram um jogador do Palmeiras na área e o juiz assinalou pênalti e pensei que o boteco vinha abaixo tamanho a alegria e felicidade dos torcedores.
O jogador do Palmeiras tomou distância e o correu para bater o pênalti e exatamente neste instante a imagem da televisão desapareceu e entre milhares de palavrões o Jacaré correu para religar a televisão, subiu num dos bancos de madeira e ligou a televisão e foi muito aplaudido por todos.
Perguntei ao meu sobrinho o que estava acontecendo e ele com um sorriso de satisfação meneou a cabeça e disse que não sabia de nada.
O jogo continuava e a televisão fora desligada mais umas duas vezes antes de terminar o primeiro tempo e lá estava o Jacaré a religá-la. Alguns torcedores mais exaltados chegaram a amaldiçoar a quinta geração do dono do boteco e nós lá firme na quinta cervejinha e eis que meu sobrinho comentou:
- Tio, acho que está na hora de irmos embora, pois o pessoal já está desconfiado da gente e quando souberem que estou com o controle remoto da televisão da minha casa seremos apenas duas pessoas mortas e saímos de fininho e meu sobrinho ria alto e balançava o controle remoto. Conseguimos sobreviver para contar mais esta patifaria aprontada pelo meu querido sobrinho Evandro. Controle remoto.
2 comentários:
eu adorei,só o evandro sempre peralta e alegre recordar e viver!
Pois é... quem viver verá que este menino...hoje homem respeitavel,trabalhador..honesto...sapeca e muiiiito aprontão. rsrsr fez varias peraltices.. sem gdes. consequencias. acho que ele merece um filho homem pra devolver toda a peraltice que ele nos aprontou no decorrer da vida. Uma que eu lembro é no niver de 3 anos da Sam.. eu enchia as bexigas com a boca na sala e ele pegava e ia pra rua e sentava em cima e estourava... qdo percebi tinha paenas 10 de cinquenta.. quase esganei ele. rsrsrOh! tempo pobre e feliz rsrsr
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