O verdadeiro avô é aquele que participa vinte e quatro horas por dia na criação dos seus netos, não aquele avô relapso que se restringe a dar alguns presentes em datas comemorativas, passar as mãos na cabeça dos pequenos, desejar tudo de bom e ir embora.
Observo alguns avôs que sustentam um ar de superioridade em afirmar que tem doze netos, não sei quantos bisnetos e blá, blá, blá, aí não aguento e logo pergunto: Mas onde estão todos estes netos? Eu não os vejo!
Tenho observado por aqui a raridade de avôs acompanhando seus netinhos ou netinhas nas atividades pelo parque que frequentamos, eu e minha netinha. Quando os vejo, faço questão de parar e puxar alguns segundos de prosa e dar os parabéns. Aí fico me perguntando: Será que sumiram todos os avôs, morreram todos ou eu é que sou um avô "bobão vivo" que faço questão de acompanhar minha netinha em todas as atividades, seja na escola, na alfabetização, nas brincadeiras de amarelinha, contar historinhas. Então me questiono: É, acho que estou na contramão da história. Não existem mais avôs!
Lembro-me dos meus avôs e jamais naquela época tenho recordação de um avô passear comigo num parque, aliás, acho que naquela época não existia nem parque. Porque isto acontecia e está acontecendo até hoje? Seria pelo regime patriarcal em que fomos criados em que a criação era para as mães, avós e outros subalternos? Não sei, estou tentando achar a resposta em famosos antropologistas e não encontro resposta alguma.
Haveria falta de amor por um neto ou todos estariam de saco cheio com a vida e estariam pensando somente nos próximos remédios a serem ingeridos para sufocar a dor de uma distância não compreendida?
Realmente necessito de uma resposta e conclamo a todos os avôs para que no próximo final de semana a gente se encontre para discutir este distanciamento tão grande entre avôs e netinhos.
Avôs existem, não há duvidas, mas onde estão? Talvez bebendo em algum boteco da vida, jogado o corpo flácido num velho sofá ou num asilo com uma saudade enorme de seus netinhos que faz tempo que não os vê.
Faço o melhor papel de avô e sou participativo, pelo menos quando fechar os olhos para embarcar para outra vida sei que minha netinha dirá: Pois é, embarcou, quero ver onde arrumarei outro velhinho legal assim! Meu avô!
Um comentário:
meu querido irmão, antigamente os avos moravam distantes, eu me lembro do pai da mãe qdo. vinha nos visitar, fazia cabana entre o banheiro e a cerca e la ficavamos ouvindo historias e nem queriamos dormir, pois ele fazia fogo no chao, e queimava batata doce,ou queijo duro mesmo, e nos adoravamos. nem queriamos entrar pra dormir em cama, queriamos o chao mesmo, lembra dele???era cocho, alias o vo cocho mais amado por mim. rsrsr assim como vc kkk
Postar um comentário