17 de mar. de 2012

DONA CREUSA - A COMADRE

            Conheci a Dona Creusa, a comadre, como a chamávamos carinhosamente através da minha irmã Silvinha e quis o destino que nós fossemos vizinhos por algum tempo.
         Sempre que nos encontrávamos na casa da minha querida irmã Silvinha eu constantemente contava “causos” engraçados e ela ria fartamente.
         Lembro-me de um fatídico dia, um sábado à tarde em que bebi algumas cervejas a mais que o costume permitia e cheguei em casa cansadíssimo e resolvi fritar algumas coxinhas, coloquei o óleo para esquentar e fui deitar para descansar do dia das vendas das coxinhas pelo bairro da Vila Maria Alta.
         Adormeci e quando acordei sob gritos da comadre pela janela do banheiro e pela vizinha da frente dizendo que minha casa estava pegando fogo.
         Espantadíssimo, peguei a panela e joguei-a no quintal e joguei água em cima o que propagou mais ainda o fogo e existia outra vizinha que gritava freneticamente da sacada que tudo estava pegando fogo e eu ria e dizia que nós estávamos no Inferno!
         Assim que o fogo cessou apareceu minha irmã Silvinha muito brava dizendo que quase tinha matado a comadre de susto e com a fumaça que invadiu toda a casa. Pedi mil desculpas e voltei a dormir muito arrependido com o ocorrido e morrendo de vergonha de olhar para a comadre.
         Passados alguns dias encontrei a comadre na casa da minha irmã e ela disse sorrindo:
- Caramba seu Luiz, quase matou a gente de susto! E eu timidamente coloquei a culpa no cansaço e “puxei” outro assunto.
         Às vezes a comadre pedia para eu capinar o quintal da casa onde ela morava e eu demorava vários finais de semana para capinar alguns metros quadrados e ela ria muito e dizia que eu estava muito cansado e pedia para deixar para outro final de semana e assim que terminava de capinar ela remunerava-me com uma quantia em dinheiro e eu ficava muito feliz.
        O último encontro que tivemos foi quando fui ao asilo comprar algumas calças e camisas e ela ajudou-me a escolher as roupas e disse-me que estava até feliz morando no asilo.
       Realmente a comadre era uma pessoa muito querida por todos, especialmente pela minha irmã Silvinha e tenho certeza que a esta hora ela deve estar participando de uma grande festa no Céu e deixou a gente muito triste com a sua partida. .....Mas a vida é assim mesmo, chega um determinado momento a gente tem que fazer a malinha e partir. Obrigado Dona Creusa por ter participado de momentos alegres e às vezes tristes entre nós nesta vidinha fugaz e pedimos a sua proteção onde quer que a senhora esteja.

4 comentários:

Luiz disse...

Mto bonito o texto em homenagem a qrida Comadre, q Deus acolha a qrida Comadre com mto amor.....

Silvia Regina disse...

AMEM.É MESMO LUIZ SE FOR FL AS INUMERAS VZ QUE A COMADRE ME ORIENTOU,E EU NA SIMPLICIDADE OS ALERTEI ELA ERA UM POÇO DE BONDADE,É SEMPRE QUE´PODIA NOS CONFORTAVA COM SUAS PALAVRA FL QUE A GENTE TEM QUE SEMPRE PERDOAR TUDO É TODOS SEJA QUAL FOR A SITUAÇÃO

SILVIA disse...

É LI É ADOREI REVIVER ESSA FASE.

SUELY disse...

É ENGRAÇADO COMO APRENDEMOS A GOSTAR DAS PESSOAS POR INTERMÉDIO DE OUTRAS QUE A AMA MAIS.FOI ASSIM MEU CAPITULO DE VIDA COM A COMADRE. A SILVIA QUE TRILHOU ESSA AMIZADE. RSRSRDEUS A RECEBA E NÃO ESQUEÇA DE NÓS AQUI NA LUTA DO DIA A DIA.